Future Mobility Concept é uma e-bike de quatro rodas que garante até 150 km de autonomia
A corrida à inovação na mobilidade urbana há muito que deixou de se cingir à apresentação de automóveis cada vez mais compactos, a ponto de caberem em “meio vaga” de estacionamento. E numa altura altura em que a bicicleta ganha lugar, como opção, em inúmeras cidades do mundo, deixando a indústria que as fabrica sem mãos a medir, a Canyon, conhecida marca de bikes e patrocinadora de vários triatletas de ponta, aproveitou o lançamento de novos modelos com assistência eléctrica para apresentar uma novidade arrebatadora.
A Canyon cita um estudo sobre micro-mobilidade da McKinsey, segundo o qual, “apesar da popularidade das e-bikes nas cidades, 45% dos utilizadores ainda querem uma forma de transporte que os proteja do vento, da água e da neve”.
Aproveitando o facto de o ato de pedalar não ser o factor impeditivo apontado nestas pesquisas, os engenheiros da Canyon desenvolveram um veículo cápsula, que, tirando o design mais apelativo, não deixa de se parecer, conceitualmente, com os ciclomotores de quatro e três rodas com carenagem já existentes no mercado, e que não exigem carteira de motorista para serem utilizados.
Mas a diferença é que o Future Mobility Concept – é tão fresquinho que nem nome tem, como se vê – pode, defendem os criadores, andar numa ciclovia, pois é pouco mais largo do que o nosso corpo, e não passa, na verdade, de uma adaptação de uma bicicleta eléctrica, em que somos obrigados a pedalar para o movimentar. Conceitualmente, o veículo da Canyon pretende ser considerado uma bicicleta em que o condutor segue deitado, com o controle da direção sendo feito lateralmente, na zona dos quadris.
Atrás do condutor, dizem, há espaço para uma criança, ou para umas compras. Não chegam a falar do cachorro, mas também deve caber. Tudo junto é que não. A carenagem é fechada, para quem tenha então medo da chuva, do vento ou da neve; mas pode ser totalmente aberta, parecendo, nesse caso, mais futurista. No fundo, o que a Canyon está a propor é mais uma evolução de uma bicicleta de carga, do que de uma bicicleta urbana. O conceito vai pegar? Não se sabe. Nesse sentido, quaisquer propostas que contribuam para a descarbonização da vida urbana e ajudem a controlar este ímpeto de urbanização do espaço nas periferias das cidades, é bem-vindo.
Fonte: publico.pt