Ao longo desta semana, publicaremos entrevistas com os atletas da Seleção Brasileira de Triathlon com chances de classificação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Neste primeiro Jogo Rápido, Bia Neres fala sobre o trabalho necessário para esta conquista.
Beatriz Neres tem 29 anos e pratica triathlon há cinco. Foi motivada por amigos e pelos pais. Depois de alguns bons resultados foi convidada pelo Esporte Clube Pinheiros a se profissionalizar.
Como você avalia sua performance em 2015?
Meu 2015 teve muitos desafios, muitas mudanças de treino e testes. Ir aos Jogos Pan-americanos foi um grande momento. As provas do circuito mundial que fiz este ano em busca dos pontos para o ranking olímpico me deram muita experiência e um crescimento em minha carreira profissional.
Estar na seleção brasileira era uma meta no início do ano?
Estar na seleção brasileira sempre foi a minha base. Eu acredito que todo atleta que tem grande performance e também defende seu país nas provas internacionais quer estar na seleção brasileira. É sempre um orgulho e um reconhecimento para qualquer atleta. Estou muito feliz de estar mais um ano com grandes nomes do triathlon.
Quando percebeu que isso era possível?
Treinei muito e consegui colocar o que treinei em prática nas provas. Obtive resultados expressivos e constantes.
Sente uma cobrança maior por conta disso?
Não existe uma cobrança para um esporte individual, e sim uma consciência de cada atleta. Saber por que está lá e fazer o seu melhor durante cada dia de treino. Se entramos, é porque temos condições para isto.
Que prova marcou o seu ano? Por quê?
Algumas provas marcaram meu ano. Acho que passamos por fases, às vezes nos machucamos ou erramos em alguma preparação. Então, quando uma prova encaixa, mesmo não sendo tão expressivo o resultado para alguns, fico muito feliz. O Pan e a Copa do Mundo de Cozumel foram as provas que marcaram meu ano.
Em que prova você sente que poderia ter dado um pouco mais? Por quê?
Acho muito difícil um atleta de alto rendimento não dar o máximo em uma prova. Ainda mais em uma distância olímpica, a prova é muito intensa e rápida. Talvez o medo de começar a corrida muito forte e quebrar possa ser uma dificuldade. Mas não houve uma prova que não tenha dado o meu máximo.
Qual sua meta como atleta da seleção brasileira em 2016?
Minha meta é melhorar a minha natação, trabalhar duro em todas as modalidades e conquistar meus pontos através também da minha melhora de performance. Crescer como atleta e buscar sempre os melhores desafios
Em que provas sonha em ter sua melhor performance?
Nas provas da ITU (União Internacional de Triathlon).
Em que modalidade sente mais dificuldade e como pretende trabalhá-la mais forte em 2016?
Natação. Terei novo planejamento, com ótimos profissionais. Fazer diferente para buscar novos e melhores resultados.
O fato de ter a chance de disputar uma vaga na equipe olímpica que vai competir em casa já a faz encarar os treinos de forma diferente?
Com certeza. Faz dois anos que viajo o mundo em busca do meu sonho olímpico e ter os Jogos Olímpicos em casa me motiva muito mais!
Imagina-se alinhando para a largada na prova olímpica?
O evento-teste este ano no Rio de Janeiro foi uma grande emoção! Com certeza me vejo mais uma vez fazendo aquele percurso e tendo a melhor sensação do mundo, que é representar o meu país!