Danilo Pimentel tem 29 anos e começou a praticar natação por indicação médica para combater a asma. Aos 16 anos mostrou ter uma boa corrida e experimentou uma prova de triathlon. Em 2005, aos 19 anos, aproveitou um projeto da CBTri e passou a treinar e competir em provas oficiais.
Como você avalia sua performance em 2015?
Quanto à performance não foi o que eu esperava. Houve provas em que fiquei muito feliz, como a WTS Edmonton e algumas outras. Porém, em nível de condicionamento, me senti muito forte. Foi uma temporada que consegui treinar totalmente sem problemas de saúde ou acidentes. Tive grandes ganhos e experiências com outros atletas, aprendi a confiar mais em mim e a perceber o que posso fazer e ter plena consciência disso.
Estar na seleção brasileira era uma meta no início do ano?
Na verdade, não era uma meta colocada no papel. A meta era pontuar bem nas provas e tentar melhorar a performance. Assim, consequentemente a seleção aconteceria.
Quando percebeu que isso era possível?
Não fiquei muito ligado nisso, apenas no ranking olímpico e mundial. Mais para o fim do ano é que fui observar que estava em segundo no ranking e que eu tinha chances de entrar na seleção.
Já sente uma cobrança maior por conta disso?
Com certeza representar a seleção sempre é uma cobrança. Mas considero como positiva, gosto de representar meu país e poder lutar com os atletas de outros países dando o melhor de mim.
Que prova marcou o seu ano? Por quê?
Não tive grandes provas, mas creio que a melhor foi a WTS Edmonton. Numa situação totalmente adversa pra muitos atletas eu disse, ‘vou tomar proveito e fazer o melhor e conseguir bons pontos’. Gosto das provas difíceis tanto pra calor quanto pra frio, mesmo que não seja minha característica. Mas é ali que só mais fortes sobreviverão!
Que prova sentiu que poderia ter dado um pouco mais? Por quê?
Este sentimento eu graças a Deus não tive. Única coisa foi que o resultado não foi perto do que eu esperava em algumas.
Qual sua meta como atleta da seleção brasileira em 2016?
A primeira é pontuar e conseguir a vaga olímpica. Isso, é claro, será fruto de ótimos resultados em competições internacionais.
Em que provas sonha ter sua melhor performance?
Logo na estreia da WTS eu poderia fazer a melhor da minha vida e garantir muitos pontos olímpicos (risos).
Em que modalidade você se sente menos confortável?
Hoje me sinto regular, porém tenho que correr os 10K pra 30min ou perto se pretendo a vaga olímpica. Na natação eu já estou mais consistente. Então “bora” correr!
De que forma pretende trabalhar mais forte em 2016 para atingir seus objetivos?
Muito treino e foco! O sucesso está em trabalhar cada dia como se fosse o último da vaga olímpica.
Se imagina alinhando para a largada na prova olímpica?
Com certeza. É um sonho e quero muito isso. Estive no evento-teste e vi que o calor do povo brasileiro e a prova em casa têm um sabor diferente!