Ele fez três provas longas na carreira. Na primeira, como amador, foi campeão mundial em sua categoria; na segunda, foi vice-campeão do Ironman 70.3 Rio de Janeiro; na terceira, venceu o tradicional Long Distance Pirassununga, em São Paulo. Com vocês Paulo Maciel, atleta da distância olímpica mas que mostra grande talento para as provas mais longas e sem vácuo também.
Como foi o desenrolar da prova?
A partir da largada já comecei a mentalizar o que havia treinado e planejado para o decorrer. Larguei forte e já me posicionei no pequeno grupo à frente da prova; nessa etapa tentei ao máximo me resguardar e não forçar muito, fiz uma transição bem rápida e comecei a pedalar forte. O Henrique Siqueira me buscou e passou em um ritmo muito forte, tentei acompanhar mas vi que poderia me prejudicar muito la na frente, daí em diante não me preocupei muito com os adversários em si, tentei fazer o que estava programado e fechei o pedal com uma media de 41.6km por hora, uma boa média para o percurso.
Saí pra correr em um ritmo bom, fiz os primeiros 10km num ritmo mais forte, em torno de 36 minutos, e logo no km 9 já havia buscado o Henrique, que tinha saído pra correr 4 minutos na minha frente. A partir do km 15 comecei a correr mais tranquilo porque já havia uma boa vantagem para o segundo colocado, e também para me resguardar para o Ironman 70.3 Punta Del Leste, no Uruguai, na semana que vem.
Qual foi o melhor e o pior momento durante a prova?
O melhor momento da prova foi quando assumi a liderança no km 9 da corrida e vi que dificilmente perderia a prova, pois estava com ótimas sensações ainda. O pior momento foi no decorrer da natação, onde tive um pequeno incômodo: meu macaquinho ficou abrindo o zíper da frente, dando muito arrasto e isso me atrapalhou um pouco.
Qual a emoção de vencer uma prova tão tradicional como o Long Pirassununga?
Fico muito feliz em ganhar essa tradicional prova. Uma competição muito bem organizada, dentro da Academia das Forças Armadas, e mais feliz ainda por fazer parte dessa Força como 3º Sargento da Aeronáutica, uma grande motivação estava dentro de mim para vencer essa competição.
Você gosta da distância longa?
Essa foi minha segunda prova nessa distância (MEIO IRON). Eu já havia sido campeão mundial na categoria 18- 19 no campeonato mundial de longa distância que aconteceu em Perth, Austrália, em 2009 (3km/80km/20km). Desde lá eu tenho uma grande paixão por provas mais longas, fiquei afastado seis anos mas sempre pensei em voltar.
Vai trocar a distância olímpica pela longa de vez?
Não pretendo largar o triathlon olímpico, pelo contrário, sinto que minha evolução geral treinando pra longo está bem melhor do que quando apenas treinava pra distâncias curtas. Tenho como foco também as Olimpíadas de 2020, em Tóquio. Gostaria de aproveitar e agradecer a Deus, em primeiro lugar; minha família que sempre me apoiou; ao meu técnico Cesar Varella, que a cada dia me faz acreditar mais em mim; à Forca Aérea Brasileira, que me apoia desde de 2014; e ao meu apoiador desde do início, a Ágil Serviços Gerais.