Victoria Remaili tem apenas 21 anos e já está encarando as provas de Ironman. E o melhor, se posicionando entre as melhores do mundo em sua categoria, de 18 a 24 anos. No recente Mundial ela foi a 5ª colocada, com parciais de 1:07:13 nos 3.8km de natação, 5:54:56 nos 180km de ciclismo e 4:12:20 na maratona, fechando com o total de 11:28:26. Conheça um pouco da história desta revelação e como foi sua prova no Havaí.
Como o triathlon surgiu na sua vida? Quem te ajudou nesta jornada?
Comecei no triathlon aos 12 anos de idade. Por influência da minha mãe. Minha primeira treinadora foi a juliana Araújo, depois fui para a equipe do SESI SP sob o comando do técnico Cali Amaral. Atualmente meu treinador é o Raphael Menezes e faço treinamento funcional específico para o triathlon com o Luiz Carlos Pavlu.
Tudo é possível graças aos bons profissionais que me acompanharam durante essa jornada a minha família, com todo apoio emocional e principalmente financeiro, pois não conto com nenhum tipo de apoio ou patrocínio, e ao meu namorado que me acompanha na realização de todos os treinos longos.
Como foi o desenrolar da prova pra você?
A natação é um pouco mais lenta devido ao estilo de largada e o mar mexido, mas já contava com isso. O ciclismo que é a modalidade que mais gosto é um dos desafios da prova. O calor e o vento são intensos, principalmente nos últimos 40 quilômetros, que pareciam intermináveis.
Qual o momento mais difícil para você na prova?
Devido a uma lesão no joelho, inflação na gordura de hoffa, que venho tratando desde o Ironman Florianópolis, não pude me preparar para maratona como gostaria, o que me deu uma ansiedade a mais na prova. Assim, saí para a corrida com uma certa insegurança, desejando apenas chegar bem.
Tem como descrever a emoção da chegada? Já imaginava que seria pódio?
A chegada é uma mistura de emoções, as lágrimas vinham sem controle. O pódio é sempre o objetivo, mas as variáveis durante a prova são muitas, o que faz desse esporte uma “caixinha de surpresa”. Vim com boas expectativas pois minhas parciais do último Ironman estavam entre as melhores da minha categoria.
O que visualiza para seu futuro no triathlon?
O meu desejo de seguir em frente e se tornar uma profissional é incontestável, mas devido a falta de apoio e patrocínio, isso pode não ser uma certeza. Os meus agradecimentos vão especialmente para a minha família, que torna tudo isso possível. Aos meus técnicos Raphael Menezes e Luiz Carlos Pavlu, por todo trabalho desenvolvido e as boas vibrações que recebo de todos. Agradeço também aos médicos e fisioterapeutas que me acompanharam.