Fellipe Santos foi 3º colocado na cat. 18/24 anos no Ironman Havaí, com o tempo de 9:31:53 e parciais de 55:08 para os 3.8km de natação, 5:07:02 para os 180km de ciclismo e 3:22:56 na maratona. Uma conquista importante, numa categoria que costuma revelar grandes nomes para o futuro do esporte. Veja o que pensa o jovem paranaense que obteve um excelente resultado neste Mundial.
Como chegou ao triathlon?
Entrei no Triathlon por influência do meu pai, Gastão Gomes que é praticante do esporte há mais de 28 anos. Tive a oportunidade de estrear no Triathlon Infantil do Sesc Caiobá, que acontecia no sábado antes da prova principal do domingo, na prova kids as distâncias eram 200m natação, 5km ciclismo e 1,5km correndo; lembro que caminhei durante a corrida e sofri muito pra terminar a prova, na época tinha 9 anos e foi uma experiência que me marcou pra sempre.
Como foi a prova pra você?
Antes da largada me posicionei entre os primeiros para poder largar bem e sair da confusão, saí forte até a primeira boia acompanhando os líderes até os 500m, depois senti o ritmo forte e acabei me sentindo mal durante toda a etapa de natação, mesmo assim consegui sair em quinto amador para o pedal.
No ciclismo me senti muito forte o tempo inteiro e consegui me alimentar e me hidratar conforme o planejado; os únicos pontos baixos foram minhas duas punições, uma chegando no retorno em Hawi, passando as mulheres da Elite que largaram minutos à frente, e outra cinco minutos depois de sair do pênalti box, por ultrapassar os atletas que estavam à minha frente. Parando para cumprir a segunda penalização perguntei o porquê das penalizações e me explicaram que não é permitido passar 4, 5 atletas por vez, era necessário ultrapassar um por vez e voltar para direita e não permanecer na esquerda da pista. Depois disso não consegui pedalar como queria pois se levasse mais um cartão seria desclassificado então fui com muito cuidado até a transição. Comecei a correr pensando nos 10 min que tinha perdido e isso me incomodou muito nos primeiros kms, mas depois esqueci e foquei somente no momento! A corrida foi o ponto mais difícil da prova, apesar do vento no ciclismo, o calor durante a maratona foi o que realmente castigou os atletas.
Por volta do km 30 o sol saiu e o vento começou a refrescar o corpo e aumentei o ritmo para tentar recuperar as posições que havia perdido, consegui me sentir cada vez melhor e mais forte no final da maratona fazendo minhas melhores parciais sendo os últimos 2km abaixo de 4/km e com isso garanti o top 3 na categoria 18-24.
Tem como descrever a emoção da chegada?
A chegada aqui é incrível, a torcida é algo de outro mundo, os staffs são sensacionais e a “vibe” que todos criam ao seu redor é uma experiência inesquecível Ouvir o tradicional “YOU ARE AN IRONMAN!” quando cruzei a linha foi o sonho virando realidade.
O que visualiza para seu futuro no triathlon? Pensa em se tornar profissional?
Com relação aos planos futuros ainda quero conversar com meu Técnico Homero Cachel para decidir o que será daqui pra frente, mas com certeza vamos fazer algumas provas de distância olímpica sem vácuo na elite e quem sabe um Ironman 70.3. Queria agradecer à minha noiva Carolina Marques que veio comigo aqui pro Havaí e foi minha principal apoiadora durante todos os treinos e durante a prova! “Te amo polaca!” E claro, aos meus patrocinadores Sos ID, Rimatur, Ilumishop, Clube Curitibano e Velsis. Apoiadores: Skechers, Nutrishape e Tribo Esporte