Fratura de estresse. Por que acontece?

Uma das mais temidas lesões nos esporte pelo desgaste para o atleta e seu médico é a fratura de estresse. Uma lesão nos ossos, comum nos corredores, principalmente nos pés e perna.

A fratura de estresse, como o nome diz, é sim uma fratura em uma parte do osso chamado cortical, com descontinuidade do mesmo, extremamente dolorosa e incapacitante. Sua incidência cada vez aumenta mais, e tenho observado alguns pontos que são comuns nos que as apresentam:

– Baixo nível sanguíneo de Vitamina D e Cálcio;
– Densidade mineral óssea abaixo da média;
– Por vezes distúrbios do metabolismo ósseo;

Em relação ao treinamento observo, corroborado pela literatura médica, a sua incidência em atletas que somam aumento da intensidade com o volume, logo freqüente nos iniciantes que se “empolgam” por vezes com a “facilidade” de se correr, no atleta meio para muito experiente que também se empolga e aumenta o volume ou a velocidade, pois se sentia bem e confiante.

Mas por que a fratura acontece? A mesma decorre de uma incapacidade do osso suportar o volume e intensidade do treino e impacto na qual ele é submetido, pois com o “estresse” mecânico o osso vai se remodelando (desfaz e refaz) para formar um osso mais forte e resistente, mas por vezes ele não consegue , surgindo a fratura. Por isso, avaliação e seguimento médico para exames de sangue, urina, imagem, densitometria para avaliar a saúde óssea são fundamentais ao atleta, sendo ideal antes de começar e principalmente na primeira fratura pesquisar e investigar como estão os ossos, para assim, diminuir fatores de riscos para seu surgimento.

O mais importante é ter orientação de um profissional de educação física experiente e capacitado, capaz de dosar sua intensidade e volume de treinos e para a lesão não surgir em atletas que dão “uma roubada” em sua planilha de treino. O tratamento é lento, cheio de controversas e teorias, vai depender do exame de ressonância, dor, incapacidade funcional, exames de sangue e mesmo urina para além de avaliar a fratura propriamente dita, fundamental saber o metabolismo e saúde óssea como um todo.

Sendo assim, não se exponha ao risco, saiba e conheça sua saúde e a capacidade do seu corpo suportar seu treino e siga a indicação do seu treinador e tenha paciência com a evolução dos seus treinos.

Fabrício Buzatto é médico fisiatra – CRM ES 9164

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