Sun Yang, três vezes medalhista olímpico de ouro na natação, suspenso por oito anos pela Wada
O três vezes medalhista olímpico de ouro na natação, Sun Yang, da China, foi considerado culpado de se recusar a fornecer amostras de sangue e urina quando testadores da WADA (Agência Mundial Antidoping) visitaram sua casa na China, em setembro de 2018. Ele foi banido por oito anos pelo Tribunal de Arbitragem do Esporte (CAS).
O CAS confirmou o apelo da WADA contra a Federação Internacional de Natação (FINA) e Sun, um dos atletas mais conhecidos da China. Um frasco da amostra de sangue de Sun foi esmagado com um martelo durante a sessão de teste, mas o nadador foi absolvido pela FINA de violações antidoping, concordando que os testadores não haviam conseguido identificar adequadamente.
Mas a decisão indignou a WADA, que levou o caso ao CAS, exigindo uma proibição de dois a oito anos por perder o teste fora de competição. O CAS disse que seu painel “determinou por unanimidade” que Sun violou seu controle antidoping. Levando em consideração sua proibição anterior de doping, o CAS afirmou ter imposto a sanção mais dura de oito anos.
“O atleta não conseguiu demonstrar que tinha uma justificativa convincente para destruir suas amostras e renunciar ao controle de doping quando, em sua opinião, o protocolo de coleta não estava em conformidade com o ISTI (Padrão Internacional para Testes e Investigações)”, informou o CAS, e completou: “Uma coisa, depois de fornecer uma amostra de sangue, é questionar o credenciamento do pessoal de teste, mantendo as amostras intactas em posse das autoridades de teste; outra é, depois de longas trocas e avisos sobre as consequências, agir de maneira a resultar na destruição dos recipientes para amostras, eliminando assim qualquer chance de testar a amostra posteriormente.”
Após a liberação inicial pela FINA, que se mostrou totalmente conivente com toda a situação, Sun, pôde competir no Campeonato Mundial em Gwangju, Coréia do Sul, em julho, onde conquistou duas medalhas de ouro, mas tornou-se foco de protestos de rivais, especialmente da Austrália.
O CAS determinou que os resultados de Gwangju permaneceriam “na ausência de qualquer evidência de que o atleta possa estar envolvido com doping desde 4 de setembro de 2018”.