Interview: Braden Currie conta os detalhes da sua jornada como triatleta PRO

Triatleta Kiwi começa a temporada com nova bike e foco total em Kona, depois da 7a colocação no mundial

Como foi 2020 para você? Como você ajustou seus objetivos com a  pandemia global da Covid-19?

A temporada de 2020 definitivamente foi desafiadora para todos. As provas foram colocadas em segundo plano na maior parte do ano, então meu foco passou a ser alcançar objetivos de curto prazo. Estou ansioso para poder competir um pouco mais neste verão.

Quais são seus objetivos em 2021?

O principal objetivo é estar em Kona e conquistar o  pódio, e estar sempre na frente da prova. Meu foco agora é fazer tudo o que eu preciso fazer para me preparar para isso, incluindo conseguir alguns bons resultados em algumas provas para minha confiança, me deixando em ritmo de prova para o Havaí.

Conte-nos sobre sua impressão sobre a Felt e por que você decidiu trocar de bike?

A  Felt sempre foi uma marca que admirei por causa de seu envolvimento positivo no esporte. Eles sempre foram uma empresa muito apaixonada e com um bom desempenho no topo do esporte. Sempre foi incrível ver atletas como a Mirinda Carfrae e Daniela Ryf sendo tão dominantes no esporte ao longo dos anos. É legal poder entrar para a equipe e tem sido uma experiência incrível até agora – todos têm me apoiado muito e estou realmente ansioso para os próximos anos.

Você é um grande realizador, alguém que quer ser o melhor e é talentoso em muitos elementos diferentes do esporte. Você também tem valores familiares muito fortes e é conhecido por manter um bom equilíbrio na vida. Você acredita que isso o ajuda a ter sucesso?

Sim. Manter um bom equilíbrio entre a família, as provas e a vida em geral é realmente fundamental. Ter experiências que gosto e que me apaixona fora das provas permite que eu me concentre no meu treinamento e nas competições quando preciso. Não importa o quão bom ou ruim seja o dia de treinamento, eu tenho tantas coisas boas para ficar animado fora dele, e isso ajuda a manter-me realmente motivado e com um estado de espírito positivo. Por exemplo, se é um dia difícil de treinamento, penso em voltar para casa para sair com meus filhos e amo tanto isso que parece fazer fluir o meu treinamento e me dá mais motivação para avançar. Ou talvez eu tenha uma viagem com as crianças, sempre fico amarradão, e isso parece sustentar meu jogo mental durante o treinamento.

Sente-se atraído por todas as coisas boas da sua vida?

Sim, é verdade. Gosto de ser diferente nesse sentido, então não me sinto como um robô e não sou monótono. É uma ferramenta incrível quando estou competindo, pois me permite ser bastante dinâmico e, eu acho, imprevisível de várias maneiras. As pessoas nunca sabem realmente como vou responder e isso definitivamente me ajuda a ter um melhor desempenho.

Do passado para o presente e para o futuro, e tendo essa pausa no meio, quais são os elementos mais importantes ?

É sobre ter o tempo, habilidade, equipamento, tecnologia e locais de treinamento para ser capaz de executar da maneira que eu quero.

Você se concentra em alguma filosofia fundamental?

Sim, ser capaz de aplicar consistência e foco de forma simplista ajuda no sucesso quando se trata de treinamento e competição.

Vindo de uma formação tão diversificada no multisport, pensou que seria um atleta tão comprometido com a busca do Ironman?

Honestamente, não. Sempre gostei da diversidade em minhas provas e adoro ter essa capacidade de mudar de estilo. Mas eu aprendi que para ser capaz de performar em Kona, o foco deve ser puramente nessa disciplina.

Seus filhos ajudam a impulsionar seu desejo de sucesso?

Muito do meu desejo de ter sucesso é baseado no sentimento de sucesso como exemplo para as crianças. Essa seria a sensação definitiva de sucesso.

Ouvimos pessoas descrevê-lo como alguém que simplesmente não desiste. De onde veio isso?

Eu realmente gosto da coragem nas provas.  Essa luta é o que mais me leva a competir São esses momentos de extrema dor que nos definem, quando se trata de ranger os dentes e realmente fazer o trabalho quando dói. Não sei de onde vem, mas é o que eu gosto.

Você sente que precisa de apoio,  de um time,  para atingir os seus objetivos?

Sim, acho que nos últimos anos percebi mais do que nunca que este esporte se tornou maior do que eu e que não posso tolerar o treinamento e o equilíbrio da vida em torno dele sem ter parceiros e o apoio de família para ser capaz de construir uma plataforma na qual eu possa dar o meu melhor. Esta é cem por cento uma das chaves para o sucesso.

O que você acha que o torna diferente dos outros atletas?

Eu só quero competir. Eu realmente não me vejo como diferente. Gosto de perseguir o objetivo e aquela sensação de sucesso, e gosto do desafio físico necessário para me tornar capaz de realizá-lo.

Deixe seu comentário

comentários

Redação

redacao@golonger.com.br