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Tetra-campeão mundial Junior da ITU, campeão mundial de Ironnan 70.3 em 2008 em Clearwater, o neozelandês Terenzo Bozzone, nascido na África do Sul, segue num ritmo frenético. Depois de conquistar a 6º colocação no Ironman do Havaí em outubro de 2017, ele surpreendeu a todos com a 2ª colocação no Island House Triathlon, nas Bahamas, em uma prova que favorece os atletas mais rápidos e venceu em dezembro o Ironman Western Austrália. Na semana passada ele venceu finalmente o Ironman Nova Zelândia com tempo recorde, entrou num avião para uma viagem de 37h para a Argentina com o foco, agora, no Ironman 70.3 Bariloche. Mais uma vitória. Neste momento, já se encontra no México, para o Ironman 70.3 Campeche. Com vocês o incansável Terenzo.
Por Rodrigo Eichler
Competir provas seguidas já parte do seu planejamento como temos visto. O que você pensa sobre isso?
Eu sempre me dou bem em fazer um bom bloco de treinos seguido de um bloco de competições. É uma oportunidade de testar meu corpo e ver como reajo, ver a minha recuperação.
Hoje em dia eu consigo entender melhor o meu corpo. Veja os ciclistas, eles competem o ano inteiro, dia após dia, eu me inspiro neles.
Como você se recupera das provas, já entrando em vôos longos após um Ironman?
Eu penso em comer e me hidratar bem. Eu hidrato muito bem com um isotônico chamado SOS, durante os voos, evitando a desidratação, o que é muito comum por causa da altitude. Uso também meias e calças de compressão para ajudar as minhas pernas na recuperação. Tudo muito simples e básico. Minha recuperação começa dentro do avião.
Qual o tipo de treino que você faz entre as provas?
Eu procuro ouvir o meu corpo e a partir de 3 sessões leves de swim, bike e run, aí sim eu coloco alguns estímulos com intensidade para deixar o meu corpo ativo para a prova. O treino já foi feito lá atrás.
Ano passado no Havaí – 6º colocação, mostrou que finalmente conseguiu dominar a distância Ironman. Logo após teve excelente resultados, vencendo o Ironman Western Austrália em dezembro e o Ironman Nova Zelåndia, semana passada, com direito a recorde e sub 8 horas. Você aprendeu a dominar a distância, quais as mudanças que fez no seu treinamento?
Só me custou 10 anos para vencer, (risos). Na verdade eu aprendi a juntar as peças, não mudei muita coisa no meu treinamento, só adicionei mais recuperação entre os meus treinos mais fortes. Quando você vem da distância curta, acaba querendo definir a prova muito cedo, mas no Ironman não vence quem é mais rápido e sim que consegue sobreviver bem para o final da prova.
Como está o seu planejamento de treinos e provas para este ano?
Estou em Campeche, no México – finalizando meu primeiro bloco de 3 programados para este ano.
Depois de 6 semanas de treino e 2 semanas competindo 3 provas – volto para casa para o meu segundo bloco, onde no final dele terei o Ironman 70.3 Busselton e o Ironman Cairns em junho. Vou direto para o Havaí para um camp de 3 semanas em Kona.
O plano é ir para San Diego ou Noosa fazer o bloco final para Kona, com algumas provas antes mundial, que acontece em outubro. Ano passado ficamos 7 semanas em San Diego – foi muito bom.
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Como foi a sua vitória no 70.3 Bariloche e a sua impressão da prova e da cidade?
Eu nåo gosto de competir no frio. Era dificil de achar o ritmo numa temperatura de 7º graus. A prova é muito montanhosa nos primeiros 20km. Na corrida não parecia tão dificil, mas foi a parte mais dura da prova com aquele vento frio. Não conseguia colocar um ritmo em nenhum momento.
O Igor Amorelli estava muito forte na bike e o Kennett competiu muito bem para chegar ao pódio.
A cidade de Bariloche me lembra muito Queenstown na Nova Zelândia – linda, mas as montanhas são bem maiores. As pessoas são bem amigas e a cidade estava toda apoiando o evento – a energia e a experiência da chegada em 1º lugar foi maravilhosa.
Terenzo Bozzone
Idade: 33
Peso: 70kg
Altura: 1.72cm
Natural: nascido na África do Sul, naturalizado Kiwi
Patrocínios: Bahrain, Argon 18, 2xu, Cliff, Aqua Sphere, Oakley, Giro, City Shoes
Bike: Argon 18 E-119 Tri +
Coach: Jon Ackland