Prova de abertura da temporada foi vencida pelo britânico Alex Yee; Miguel Hidalgo foi o 16º
O britânico Alex Yee “voltou aos negócios” nesta sexta-feira, quando venceu a WTCS Abu Dhabi, mas, para nós brasileiros, o grande destaque foi a medalha de bronze de Manoel Messias. Que prova!
Alex Yee deixou sua marca registrada de grande corredor, ao atacar no final dos 5 km para segurar um Field forte e ganhar seu primeiro ouro de 2023, com o tempo insano de 14’26” na etapa final de corrida. Yee saiu 30 segundos atrás do líder na etapa de natação, alcançando os líderes no início do ciclismo de 20 km e, em seguida, eliminando um Field repleto de incríveis talentos na corrida que ficaram resumidos a Yee, ao português Vasco Vilaça e ao brasileiro Manoel Messias.
“Eu vim aqui sem expectativas e corri livre e acho que esse é o resultado quando você gosta do que está fazendo!” disse um Alex Yee satisfeito. “É tão bom estar de volta competindo com esses caras. Eu só queria ver como foram as últimas semanas de treinamento na Austrália, então é o fruto do nosso trabalho, funcionou bem e eu estava me sentindo muito bem hoje”.
A PROVA
Com os três primeiros colocados da temporada passada, Yee, Leo Bergere e Hayden Wilde todos alinhados na extrema direita do pontão, foi o francês Vincent Luis que conquistou o nado mais rápido do dia. Emergindo ao lado do companheiro de equipe Dorian Coninx, Mark Devay (HUN), Alessio Crociani (ITA) e Jamie Riddle (RSA), com uma vantagem de 30 segundos para Yee, 45 para Wilde e Messias.
Gustav Iden também estava no final do Field, mas foi Wilde quem sofreu um problema logo na T1 e enfrentaria os próximos 20 km pedalando sozinho como resultado.
Na primeira das cinco voltas de bicicleta, um pelotão de 10 de atletas fez a ponte e o trio se juntou ao líderes. Dez segundos atrás estavam Bergere, Yee, Stefan Zachaus (LUX) e Matthew McElroy (EUA), mas logo 50 atletas estavam andando em um enorme comboio pelo circuito de Yas Marina.
Bergere, Riddle e Roberto Sanchez Mantecon rolaram os dados na terceira volta, mas a pausa durou pouco e, embora Zachaus também tentasse fazer uma jogada, foi um grupo poderoso que entrou em transição pela segunda e última vez, todos de olho no sucesso ao final da corrida de 5km.
Brandon Copeland (AUS) saiu primeiro da T2, mas logo foi pego por Max Studer e Hauser, antes de Luis assumir o controle, com Yee se posicionando bem em seu ombro. Sanchez estava próximo à frente antes de Luis avançar mais uma vez e as coisas começarem a se desfazer na primeira subida.
A primeira volta pertenceu a Messias, que abriu caminho para a frente junto com Mislawchuk, mas uma penalidade de 10 segundos para o canadense por violação de equipamento encerraria seu ressurgimento do pódio. Yee estava apenas ganhando tempo, no entanto, trabalhando de volta para a frente e depois subindo a colina, Messias e Vilaça foram incapazes de responder ao ataque e a partir daí foi uma corrida de um homem para a linha de chegada, e com Vasco Vilaça segurando Messias para a prata. O brasileiro ficou com mais um bronze histórico, depois do conquistado na WTCS Cagliari do ano passado. Ele correu os 5km finais em 14’32”.
Miguel Hidalgo fez uma prova com muita personalidade, com excelente natação, ciclismo onde atacou e tentou abrir uma fuga e uma corrida sólida. Ao final, 16ª colocação e mais tijolos colocados para Paris 2024.