Nike e Adidas evitam a queda de valor em 2020 registrada por 54 das cem marcas mais valiosas
Os equipamentos esportivos capitalizam o boom nos esportes durante a pandemia de Covid-19. As duas únicas empresas desse segmento que estão entre as 100 maiores marcas do mundo em todos os setores continuaram a aumentar sua valorização em 2020.
Nike e Adidas conseguiram evitar a queda registrada por mais da metade das empresas no ranking das Melhores Marcas Globais, produzido anualmente pela Interbrand e liderado pela Apple, Amazon e Microsoft. A marca Nike acumula um aumento de 6% em relação a 2019. Com este percentual, que reflete o impacto da crise do coronavírus, a empresa americana posiciona-se como a décima sexta marca mais valiosa do mundo, uma posição a mais do que em 2019.
O grupo alemão Adidas, por sua vez, avança cinco posições na classificação geral, chegando ao número cinquenta. Em 2020, o valor da marca Adidas aumentou 1% em relação a 2019. Embora entre as cem marcas mais valiosas do mundo, 54 delas tenham seu valor reduzido em 2020, o valor total do grupo cresceu 9% a mais que em 2019. Esse aumento se deve ao ímpeto dos gigantes da tecnologia, que tiveram fortes aumentos de valor neste ano. Na verdade, o valor agregado das marcas de tecnologia e aquelas baseadas em plataformas de tecnologia representam 48% do valor total da lista. Apenas as três primeiras (Apple, Amazon, Microsoft) representam 30% do valor total das 100 marcas presentes nas Best Global Brands 2020. Apple, Amazon, Microsoft, Google e Samsung ocupam as cinco primeiras posições no ranking da Interbrand. Coca-Cola, Toyota, Mercedes-Benz, McDonald’s e Disney completam as dez primeiras.
Além dos equipamentos esportivos, outras marcas que se beneficiaram com o efeito Covid são, por exemplo, aquelas relacionadas ao setor de logística, que cresceram em média 5%: UPS (na posição 24), FedEx (na 75) e DHL (em 81) “aumentaram em valor à medida que se tornaram um componente central da vida dos consumidores durante o bloqueio”, observa a Interbrand.
No extremo oposto, empresas que viram sua atividade ser interrompida pelo estado de alarme declarado em praticamente todo o mundo para impedir a expansão da Covid-19 viram sua avaliação diminuir. É o caso, por exemplo, das marcas de fast fashion Zara (posição 35) e H&M (posição 37), cujo valor caiu 13% e 14%, respetivamente. Por outro lado, o setor de luxo, que em 2018 e 2019 foi o setor que experimentou o maior crescimento, pisou no freio em 2020: todas as marcas presentes na tabela caíram entre 1% e 9%, exceto Hermès (na posição 28), cujo valor permanece quase intacto em comparação com o ano passado.
Fonte: Palco 23