Na parte física, temos quatro pilares para prescrição do treinamento no ciclismo
Por R3D Science & Performance
Na parte física, temos quatro pilares para prescrição do treinamento no ciclismo: VO2máx, Limiar anaeróbio, Força e Economia de movimento. Vamos entendê-los.
◾ Consumo Máximo de Oxigênio (VO2máx): É a capacidade máxima do ciclista em utilizar o oxigênio presente no ambiente para os processos metabólicos durante o exercício no treino ou competição de ciclismo.
◾ Limiar Anaeróbio: É uma variável fisiológica que pode ser definida como a mais alta intensidade de um exercício sem o acúmulo excessivo de lactato. Este é um dos indicadores metabólicos mais importantes que auxiliam a prescrição do treino.Em intensidades mais baixas o lactato não se acumula, pois a velocidade de remoção é igual ou superior à velocidade de produção. Esta variável pode ser mensurada de maneira direta (invasiva) ou indireta (não invasiva), como vimos nos posts sobre FTP estimando a carga no limiar anaeróbio.
◾ Força no ciclismo: Definimos força como a capacidade de gerar tensão contra uma resistência. No ciclismo há vários tipos de força, como: a força de resistência aeróbia estática de membros superiores e da região do core, a força rápida de membros inferiores para vencer trechos íngremes, e a força de resistência aeróbia dinâmica para a manutenção do ciclo de pedaladas.
◾ Economia de movimento: É a variável que representa a energia que o ciclista utiliza para realizar um trabalho durante o exercício. No ciclismo essa mensuração é comumente determinada através da razão do consumo de oxigênio e da carga de trabalho, expressa em mL de oxigênio por watt. O ciclista que tem melhor economia de movimento, apresenta menor consumo de oxigênio por watt, gasta menos energia para realizar o mesmo trabalho quando comparado a outro com pior economia, o que favorece a um melhor desempenho. Fatores como força e mecânica do movimento também podem interferir nessa variável tão importante para o desempenho de endurance.
A periodização no treinamento é um tema que atrai muitas discussões entre atletas e treinadores de ciclismo, e é hoje uma das principais condições para obter resultados em qualquer esporte. A busca por treinos melhores, mais organizados durante o ano, com fases de clara aquisição de objetivos e eficazes, superaram a antiga concepção empírica de treinamento no ciclismo. Gradativamente a improvisação da organização dos treinos perderam o sentido e foi sendo substituída por modelos que se adequam ao tempo disponível de treinamento e ao tipo de prova do ciclista. Atualmente entre os modelos de periodização de alto nível temos: a Periodização Clássica, os Sinos Estruturais, a Periodização Pendular, o Modelo de Cargas Seletivas, o ATR, e a periodização em bloco.
Devemos considerar além da parte física, a parte psicobiológica e nutricional que analisaremos em outro momento.
A R3D Science & Performance é uma consultoria de treinamento para ciclistas, que aplica a ciência em suas prescrições. @r3dscienceperformance (@dailsonpaulucio, @profrenatoalvarenga, @profrodolfovelasque e @rbxavier)