De acordo com a mitologia grega, Hipnos era o deus grego do sono e, por mais que muitos não acreditem, dormir é uma das maiores necessidades do ser humano, e mais ainda para um atleta. Descanso também é treino, e afirmo para vocês: Quando nosso “treinador” Hipnos colocar na planilha de treinos a palavrinha OFF, respeite!
Segundo o professor Nuno Cobra, em seu livro “A semente da vitória”, uma pessoa deve dormir oito horas por noite e, um atleta profissional pelo menos dez. Ele, enquanto foi o preparador de Ayrton Senna, teve como grande missão convencer o tricampeão mundial de Fórmula 1 a – simplesmente – dormir. Ayrton sempre foi extremamente agitado e relegava o sono e o descanso ao segundo plano. Nós não somos atletas profissionais, mas praticamos uma atividade física que, para ser bem executada e trazer benefícios à saúde, tem de conviver com alguns preceitos. E um deles é o respeito ao descanso.
Passamos cerca de um terço de nossa vida dormindo. É nessas horas que – entre outras coisas – eliminamos o estresse do dia, realizamos a reposição do hormônio do crescimento (liberado mesmo na fase adulta), reforçamos nossa imunidade e fazemos a reconstituição muscular tão necessária após um bom treino de corrida. Dormir então é determinante na vida de qualquer atleta.
Um dado que não se pode esquecer é que estas oito horas são consideradas uma média padrão aconselhada. Algumas pessoas conseguem todos os benefícios do sono em sete horas, por exemplo. É importante ter certeza que estas horas estão sendo realmente as necessárias ou são somente o que você consegue na sua agenda. Uma dica simples é acordar todo o dia na mesma hora, independente da hora que foi deitar no dia anterior. Você está se sentindo atordoado depois de cinco ou seis horas de sono? Uma hora a mais faria diferença pra você? Prestando atenção na linguagem de nosso corpo e correlacionando com questões como estas colocadas, poderemos determinar um hábito de sono adequado.
Marcos Dantas é treinador no CAFT (www.caft.com.br)