Edição inaugural ofereceu aos atletas profissionais seis vagas para o Mundial de Ironman de 2023
Foi disputada nesta sexta-feira a edição inaugural do Ironman Israel que, como foi válida como Campeonato de Ironman do Oriente Médio, ofereceu uma premiação total de US $ 100.000 e seis vagas (três para cada sexo) para o Mundial de Ironman do ano que vem, no Havaí.
Os parceiros de treinamento Patrick Lange (ALE) e Ruth Astle (GBR) encerraram suas temporadas em grande estilo, pois venceram o evento e se garantiram em Kona 2023. Lange tinha “apenas” que completar a prova, para ter sua qualificação validada, já que o atleta que foi campeão do Ironman Hawaii dentro dos últimos cinco anos (seu último título foi em 2018) tem vaga praticamente assegurada, bastando para isso ratificá-la ao completar um Ironman no ano de classificação. Já Ruth Astle não tinha essa “pré-vaga”, então tinha mesmo que chegar até a 3ª colocação.
HOMENS
Depois de um longo período envolvido em lesões, o bicampeão mundial de Ironman, Patrick Lange, está definitivamente de volta ao mais alto nível. A prova foi marcada por trocas constantes de posições no ciclismo (180km) e na maratona. Lange fez uma boa natação (3.8km) e, depois de quarenta quilômetros, já se juntava ao grupo líder, que era composto de doze atletas e tinha nomes como Florian Angert, Daniel Baekkegard e Robert Kallin. Foi este último que entrou primeiro na T2; Patrick havia sobrado do pack e saiu para correr a maratona em quarto lugar, com mais de oito minutos de atraso.
Conhecido por ser ótimo corredor, Lange veio “fazendo fila” e antes do km 30 já era o novo líder da prova, levando a ponta do Ironman Israel até a linha de chegada, onde cruzou com 7:41:59, fazendo a maratona no absurdo tempo de 2:30:31 (3’35″/km de pace médio). Daniel Baekkegard (DIN) foi o 2º colocado, em 7:43:39, e Gregory Barnaby (ITA) o terceiro com 7:47:01. Como a vaga para Kona de Lange não entrava na conta das três disponíveis, o francês Denis Chevrot, 4º colocado, acabou garantindo também sua ida a Kona no ano que vem.
MULHERES
Na prova feminina, ficou claro muito mais cedo quem venceria a prova, embora Ruth Astle não estivesse na melhor posição após a natação, onde saiu mais de seis minutos atrás de Lottie Lucas (55’27”). Uma vez com os pés sobre os pedais, isso mudou rapidamente.
Astle não queria companhia na maratona e fez a parte final da etapa do ciclismo bem forte, entrando na T2 com quase três minutos de diferença sobre Daniela Bleymehl, seguindo na sequência Susie Cheetham e Maja Stage-Nielsen.
Já conhecida como ótima corredora, Astle não decepcionou, correndo a melhor maratona feminina, em 2:57:09 e garantindo sua conquista após 8:41:12. Bleymehl terminou em segundo com um tempo de 8:50:12 e Barbara Riveros chegou em terceiro, em 8:55:43. As três atletas garantiram vaga em Kona 2023.