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“Adeus ano velho… feliz ano novo…” Mais um ano se foi e como de costume olhamos para trás para nos certificarmos se alcançamos os objetivos traçados, se realizamos os nossos sonhos e se superamos alguma expectativa, além, é claro, de fazemos projeções para o futuro…
As chamadas resoluções de ano novo, muitas vezes são deixadas de lado logo no primeiro mês e o que acabamos colhendo, são os mesmos frutos do ano que passou. Normalmente ficamos muito preocupados com grandes mudanças, mas esquecemos para elas acontecerem precisamos ajustar pequenos detalhes em nosso dia a dia.
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Uma situação bem comum nessa época do ano são os atletas se perguntando como serão mais rápidos nas próximas provas e o que devem fazer para atingir essa meta. Mas quando fazemos o exercício de reflexão em relação à nossa próxima temporada esportiva devemos ter como base, antes de mais nada, nosso planejamento estratégico traçado para esse período.
Quais são seus novos objetivos, suas novas ambições? Qual o caminho a ser percorrido? Existem metas intermediárias? Essas questões devem ser levadas em consideração para avaliarmos o ponto de onde estamos partindo para iniciar um novo ciclo.
De uma maneira geral olham-se muito os resultados das provas para se avaliar a evolução do atleta, mas devemos ter em mente que, principalmente para atletas amadores, essa é uma avaliação muito minimalista, visto que, na grande maioria das vezes, esses atletas tem dificuldades muito maiores do que cruzar a linha de chegada em menos tempo!
Quando sento com meus atletas para planejar suas temporadas, analiso diversos pontos que, nem sempre, estão relacionados diretamente com a performance, mas que se bem trabalhados, trarão resultados em seu desempenho a médio ou longo prazo. Podemos tomar como exemplo atletas que tem grande dificuldade em cumprir a planilha por falta de disciplina e organização. Muitas vezes com pequenos ajustes nos horários e/ou logística passam a não perder nenhum treino. Outro bom exemplo são os atletas que tem enormes problemas em manter uma alimentação saudável e balanceada. Para esses, costumo dar dicas simples como comer pequenas porções ao longo dia para evitar ficar com muita fome e optar por alimentos naturais em detrimento dos industrializados, buscando descascar mais e desembalar menos. Também é importante sempre estando atentos a diversidade de cores nas refeições (o que significa mais nutrientes, vitaminas e anti-oxidantes). Pode parecer complicado, mas rapidamente o atleta percebe que é bem simples carregar algumas frutas e nuts na bolsa, por exemplo, mas sempre ressaltando que a prescrição da alimentação deve ser feita por um nutricional de nutrição.
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Em termos de treinamento, sempre incentivo o atleta a melhorar sua consciência sobre seu estado de evolução, questiono se ele está atento aos sinais dados pelo seu corpo. Isso é importante, para sabermos quando podemos exigir mais e buscar níveis antes inimagináveis, assim como para prevenir o overtraining, pois é comum vermos atletas que, por não estarem atentos a esses sinais, acabarem passando dos limites e se lesionando. Essa é uma avaliação simples de ser feita através da repetição de determinados treinos ao longo do ano, que podemos chamar de “treinos chave”.
Outro aspecto que costumo priorizar no novo planejamento é a maximização dos treinos em função do número, normalmente, limitado, de horas que o atleta tem para treinar por semana. É bem comum, principalmente para atletas menos experientes, acumular o que chamamos de “milhas vazias”, ou seja, treinos sem objetivos definidos e que muitas vezes trazem apenas um benefício aeróbio. Quando na verdade, podemos usar aquele mesmo tempo para treinar e aperfeiçoar outros pontos como força, velocidade e habilidades motoras, já que o benefício aeróbio virá de uma forma ou de outra.
Portanto, na hora de planejar sua próxima temporada, saiba que o número que constará no cronômetro quando você cruzar o pórtico da principal prova do seu calendário, não necessariamente vai dizer se sua temporada foi um sucesso. Avalie todos os aspectos que estão envolvidos em sua rotina e celebre as pequenas conquistas que conseguiu obter durante o processo de treinamento. Até porque no esporte, assim como na vida, o que mais vale não é o ponto de chegada e sim a jornada!