Os distúrbios gastrointestinais ocorrem em 50% dos atletas de triathlon que participam do “half” e do “full” Ironman
Por Roger de Moraes
Desafios de “endurance” representam exigência física e psíquica de grande magnitude para o atleta. Para além das discussões acerca da taxa de degradação de glicogênio, controle da temperatura e compensação dos desequilíbrios sistêmicos produzidos pelo exercício intenso, pouca atenção tem sido dada aos distúrbios gastrointestinais.
Os mesmos ocorrem em 50% dos atletas de triathlon que participam do “half” e do “full” Ironman e embora possam estar associados ao consumo excessivo de carboidratos, cafeína, líquidos e também ao uso de pastilhas de sal, recentemente foi igualmente associado à ansiedade. Neste contexto, parece existir associação entre o niver elevado de estresse e ansiedade no dia da prova e o desconforto gastrointestinal.
Quando presente antes da largada, tal fenômeno psíquico aumenta a probabilidade de ocorrência de cólicas, náuseas e refluxo. A solução não deve se restringir a terapias de relaxamento e meditação mas deve incluir habitação à atmosfera de competições e reflexões que reduzam a pressão externa percebida pelo atleta.
Roger de Moraes – @demoraesroger
Ex-triatleta Profissional, Professor de Fisiologia Geral
Doutor em Ciências com Pós-Doutorado no Laboratório de Investigação Cardiovascular do Instituto Oswaldo Cruz – Fundação Oswaldo Cruz