Berga tem quatro anos no triathlon, mas uma trajetória intensa, com muitas conquistas e participação no Mundial de Ironman
Felipe Bergamini tem 28 anos e foi o 4º colocado geral e 2º em sua categoria no recente Ironman 70.3 Bariloche, na Argentina. Apesar de estar no triathlon há 4 anos, ele já é muito experiente, tendo inclusive competido no Mundial de Ironman, em Kona.
Esporte sempre foi prioridade em sua família e nadou competitivamente dos dez aos 16 anos de idade. “Naquela época, já treinava bastante. Sempre fui extremamente competitivo e, olhando pra trás, vejo que não tive a cabeça fria pra lidar com as frustrações inerentes à maturação no esporte. Depois dessa fase, joguei tênis e fiz algumas corridas de rua, mas nada muito sério”, revela Berga, como é conhecido.
Felipe Bergamini no IM70.3 Bariloche. Foto: @anacecilia_photo
Em 2016, Berga conheceu Igor Amorelli, um dos maiores triatletas do Brasil, por trabalhar na Red Bull; se interessou pelo triathlon e começou a treinar com Rafael Palito, da CPH, equipe de Igor. Sua trajetória no triathlon começou ali, com uma bike fixa que usava como meio de transporte e com os tênis ia à academia.
Pouco depois comprou sua primeira bike de contrarrelógio e as coisas começaram a ficar mais sérias. Sua primeira prova foi um Troféu Brasil Olímpico, em 2016. “Tudo deu errado! Comecei a nadar com os líderes e, na primeira boia (acho que a oxigenação no cérebro já não estava legal), virei errado e nadei muito pra fora do percurso. Na transição, perdi uma lente de contato. No primeiro buraco, a nutrição foi pro chão. No segundo buraco, meu guidão cedeu. Na corrida, achei que ia apagar. Enfim, uma tragédia muito divertida. Quando cruzei a linha de chegada, tinha certeza que iria fazer aquilo mais vezes”, conta ele.
Berga em Kona. Foto: @anacecilia_photo
Bergamini desde então já fez 11 provas de Ironman 70.3 e cinco de Ironman, além de alguns triathlons Olímpicos, e entre todas que já fez, sua maior recordação foi ter corrido em Kona. “É, sem dúvidas, a mais marcante pela atmosfera e pelo que representa para o esporte. Mas, há duas semanas, vivi outra grande emoção, só que no Ironman 70.3 de Bariloche. Subir no pódio geral, tomar banho de cerveja, tirar foto com o prefeito, dar entrevista… Me senti atleta de verdade por um dia”, revelou Berga, que completou: “Foi um momento muito especial. Depois de alguns minutos, os outros atletas chegaram. Um deles acabou com o tempo líquido menor que o meu por ter largado mais tarde (a prova tinha formato de Rolling Start). Infelizmente, a organização só foi saber disso no final do dia, na hora da premiação por Age Group. É justo e está na regra, mas penso que a prova perdeu em emoção e competitividade.”
Felipe reconhece que precisa melhorar bastante sua corrida. “Ver que ainda estou longe dos melhores nessa modalidade me motiva muito”, disse ele, que conta sobre sua rotina e objetivos em 2020: “Geralmente faço dois treinos de manhã bem cedo (Corrida, Bike, ou Força) e outro quando volto do trabalho (Natação). No sábado, faço uma transição longa. No domingo, descanso. O grande objetivo desse ano é o Ironman Brasil. Além dessa, vou fazer algumas provas de 70.3, mas o Palito ainda está desenhando o calendário pra que cheguemos na melhor forma possível em Floripa.”
O sonho de Bergamini é acertar uma boa prova em Kona. “A complexidade daquele lugar me encanta e o desafio de tentar superar cada dificuldade do percurso é o que mais me motiva”, finaliza.
BIO
Nome: Felipe Bergamini (“Berga")
Idade: 28
Cidade onde nasceu: Porto Alegre / RS
Cidade onde vive: São Paulo / SP
Tempo de triathlon: 4 anos
Altura: 1,78m
Peso: 67kg
Roupa de borracha: XTerra Vengeance
Óculos de natação: Aqua Sphere Kayenne
Bike: Cervélo P5 Disc
Capacete: Oakley Aro 7
Sapatilha: Lake CX 237
Tênis de corrida treino: New Balance Fuel Cell Propel
Tênis de corrida competição: Hoka One One Carbon X
Equipe: CPH Brasil
Treinador: Rafael “Palito"
Patrocínio/Apoio: Care Club e Mother Nutrients
