Uma das melhores amadoras do Brasil, campeã do IM70.3 Punta del Este e Fortaleza de 2019, fará sua estreia em Kona este ano
Ela tem 37 anos e muita experiência para contar em seis anos de triathlon, pois já carrega nas pernas duas dezenas de provas na distância de Meio Ironman – 1.9km de natação, 90km de ciclismo e 21.1km de corrida – e uma vaga garantida para o Mundial de Ironman deste ano. Flávia Meyer, uma das melhores triatletas amadoras do país.
Flávia praticou tênis na infância, mas depois na faculdade começou a trabalhar e só frequentava a academia e dava umas corridas na esteira. Em 2009 começou realmente a treinar corrida, após participar de uma corrida de rua de 10km e um treinador chamá-la para treinar com ele, que estava montando um grupo de corrida. No final de 2011 o esporte trouxe além de saúde, seu marido, José Alexandre, que conheceu numa corrida de rua, “e aí juntou a fome com a vontade de comer, e a gente viajou muito para correr. Só que na corrida volta e meia estava lesionada, com uma canelite ou uma bursite… e em 2012 acabei entrando na natação para treinar quando não podia correr, e também fazia aulas de spinning. Na época tinha alguns amigos que já praticavam triathlon, inclusive meu técnico, e começamos a nos interessar pelo esporte”, relembra ela.
Sua primeira prova foi um Sprint Triathon em Guaratuba, no litoral do Paraná em fevereiro de 2013, como uma prova-teste, porque estava inscrita no Sesc Triathlon Caiobá, que seria em março. Apesar no nervosismo pela novidade, adorou e, desde então, acumula vinte provas de Ironman 70.3 no currículo e uma de Ironman. Sua estreia na Meia Distância foi no Ironman 70.3 Foz do Iguaçu 2014, que gostou muito, pois seus pais estavam presentes assistindo e, logo na estreia, ainda conquistou a vaga para o seu primeiro Mundial de 70.3, em 2015.
Flávia tem boas lembranças também de Fortaleza e Punta del Este. “No Ironman 70.3 Fortaleza 2018 foi aquela prova de recuperação, que deu tudo errado e no final deu tudo certo! Caiu o meu pedal no início da prova, eu caí na bike… aí fui recuperando e na corrida busquei e ainda consegui um segundo lugar geral. E em 2019, o pedal encaixou como nunca e consegui a vitória. No Ironman 70.3 Punta del Este 2019 foi inesquecível também, pois conquistei o primeiro lugar geral amadora pela primeira vez.”
Ano passado Flávia Meyer teve um grande ano, já em decorrência de um crescente desde 2018, onde havia competido no Mundial IM 70.3 na África do Sul e ficado em 6º lugar em sua categoria, um excelente resultado. Depois disso vieram as vitórias, primeiro em Punta, depois Fortaleza, e o segundo lugar em Maceió. “O Mundial de Nice eu sabia que não era a minha prova, pelo percurso da bike, porque eu subo muito bem, mas tenho muito medo de descidas (já caí e fraturei o colo do fêmur em 2015) então fui sem nenhuma pretensão”, revela ela.
O final de 2019 ainda reservava uma boa surpresa para Flavia, que havia segurado um pouco as competições para se recuperar de lesão do Tendão de Aquiles. Apesar de não competir, se manteve treinando e um mês antes do Ironman Mar del Plata, na Argentina, Chris Solak, seu treinador, achou que os treinos de bike estavam muito bons e que ela deveria experimentar a distância “full”.
“A ideia era sentir a prova. Eu tinha muito medo do desconhecido. De como meu corpo ia reagir a tantas horas de prova, o medo de não conseguir, o medo do novo… Pensei, pensei e pensei… e duas semanas antes me inscrevi e comprei a passagem no final de semana antes da prova. E acho que foi a melhor coisa. Sem cobranças, sem pretensão… a ideia era nadar e pedalar bem, e na corrida fazer o que desse. E assim foi… e veio a vaga pra Kona e a vontade de fazer uma prova 100%”, comemora ela.
Flávia é arquiteta autônoma, então deixa as manhãs livres para os treinos, e o restante do dia reservado para o trabalho. Durante a semana só pedala em casa, no rolo, por causa de tempo e segurança. E como seu marido treina também, fazem muitos treinos juntos, o que a ajuda. Para este ano seu objetivo primeiramente é ficar 100% recuperada da lesão no tendão de Aquiles para pode chegar bem na sua estreia em Kona, o que chama de “sonho da vez”. Até outubro, a ideia é fazer as provas de Ironman 70.3 de Punta Del Este (se a lesão já estiver zerada), Rio de Janeiro e Maceió. Através do triathlon quero superar meus limites. Fazer sempre o melhor, o meu melhor. Eu duvido muito da minha capacidade, e no triathlon e nas competições eu consigo me colocar em prova e ver do que sou capaz. Eu treino porque isso me dá prazer e eu gosto desse estilo de vida. Não gosto de treinar por obrigação e sim porque me faz bem e me completa!”, define Flávia Meyer.
BIO
Nome: Flávia Meyer
Idade: 37 anos
Cidade onde nasceu: Curitiba -PR
Cidade onde vive: São José dos Pinhais – PR
Tempo de triathlon: 6 anos
Altura: 164cm
Peso: 53kg
Roupa de borracha: Deboer
Óculos de natação: Aquasphere
Bike: Cervelo P5 Disc
Capacete: Giro – treino Rudy – prova
Sapatilha: Shimano
Tênis de corrida treino: Nike Pegasus Turbo, Hoka
Tênis de corrida competição: Nike
Óculos de sol: Oakley
Equipe: Peaks Brasil – Cris Solak
Patrocínio/Apoio: Probiotica