Profile: Peter Pichnoff

Peter Pichnoff foi o vice-campeão geral e campeão da categoria 35/39 anos do Ironman Mar Del Plata, realizado no último domingo exclusivamente para atletas amadores. Com um background esportivo muito bom, ele tem se destacado no triathlon, esporte que adotou há nove anos.

Com 13 anos Peter já praticava Body Board mas, na sequência, iniciou no remo, um dos esportes mais tradicionais do Brasil e forte no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu e vive até hoje. Ele ficou no remo por pouco mais de dez anos, e através dele conseguiu pagar seus estudos e foi campeão Estadual, Brasileiro, Pan-Americano Júnior e medalhista Sul-Americano.

Peter revela que desde bem jovem sempre sonhou em praticar triathlon, mas, não via chances por ser um esporte caro. “Hoje com meu trabalho e ajuda de amigos consigo realizar esse sonho. Minha primeira prova de Triathlon foi o Long Distance em Pirassununga (2008), na época eu remava e fazia umas corridas de aventura. Por sinal, tinha acabado de fazer uma semana intensa de Campeonato Brasileiro de Remo, em seguida fiz uma corrida de aventura (Ecomotion), que durou 5 dias atravessando o Piauí, Ceará e Maranhão, e não sei por que fiz essa prova de Triathlon… Lembro que depois disso eu falei que nunca mais faria outra prova de Triathlon!”, lembra ele.

Esse “nunca mais” não aconteceu, e Peter foi mordido pelo bichinho do Triathlon, onde fez muitas provas, incluindo 11 de Ironman e oito de Ironman 70.3. “Os que mais gostei foi o Ironman de Zurique, por ser uma prova bem dura e muito linda, e lógico o Havaí, por conta da energia que rola naquela Ilha, que não tem como explicar”, revela Peter.

Em setembro desse ano Peter competiu no Ironman Itália, e estava indo muito bem até ter problemas na corrida, ainda assim completou com o ótimo tempo de 9h05m. Tinha dado seu ano como encerrado, até que seu amigo e sócio Gustavo Slaib fez sua cabeça pra ambos irem a Mar Del Plata, faltando umas 6 semanas pra prova. “Conseguimos encaixar umas quatro boas semanas de treinos, o que nos deixou confiantes pra fazer uma boa prova e tentar buscar a tão sonhada vaga pra Kona! Apesar de nadar umas três vezes na semana (média de 2.5km por treino), estava confiante em nadar bem. Quando saí da água, fiz a transição e comecei a pedalar sem ver ninguém, e logo pensei que a galera tinha se mandado em grupo e que eu teria que fazer um início de ciclismo forte pra buscar. No primeiro retorno, para minha surpresa, vi que estava em segundo lugar e procurei ser mais cauteloso, principalmente por saber que seria uma prova muito dura!”, contou.

Peter é professor de Educação Física, e possui sua assessoria esportiva on-line, a GPCOACHING. Também dá aulas particulares, faz bike fit e como disse: “Sou casado também, tenho meus cachorros e procuro treinar quando dá, às vezes consigo ter horários fixos pra isso, às vezes não, então, tento não me estressar quando não consigo fazer algum treino, faço o que da, às vezes, menos é mais!”

Peter revela que gosta muito de comer, e hoje em dia busca bastante informações em estudos de médicos, nutricionistas e vê o que fica melhor pra ele. “Eu penso que quando conseguimos nos reeducar na forma como nos alimentamos, tudo fica mais fácil. Tenho uma pessoa muito importante que me acompanha nesse processo todo, me dá muitas dicas e cuida da minha saúde, a Doutora Maria Amélia Bogea; sou muito grato a ela por me proporcionar isso e me ajudar a prolongar minha vida no esporte de forma mais saudável.”

Para 2020 Peter está inscrito no Ironman Havaí e nada mais, por enquanto… “É muito difícil se programar com tanta antecedência, por conta dos gastos que são muito altos. A princípio, devo fazer o Rio Triathlon que é uma prova muito legal e bonita, além de ser perto de casa. Pretendo fazer algum IM70.3 também. Meu objetivo no Triathlon é sempre me superar, independente se vou chegar na frente ou atrás de alguém. Quero estar sempre melhor e mais rápido do que na prova anterior. Desejo muito ser o melhor em Kona, mas tenho que entender quais são minhas realidades e não criar objetivos com base em outros atletas, são vidas diferentes. Tem dia que consigo treinar uma, duas ou três horas. Hoje em dia existem muitos atletas amadores que têm melhores condições de treinos do que atletas profissionais, então fica mais difícil competir contra eles.”

Com sua experiência como remador profissional, ótimo triatleta amador e técnico, Peter passa entende as etapas que um atleta precisa passar. “Vou dar uma dica para quem sonha em fazer um Ironman. Um degrau de cada vez, não pule etapas, se teste bastante nas provas mais curtas, entenda e escute o seu corpo, e isso só vem com o tempo. A superação também está em provas mais curtas, elas são tão duras quanto um Iron Full. E quando for treinar, não se baseie nas horas e treinos que um profissional ou um bom amador fazem, cada um tem seu tempo, cada corpo responde de uma maneira, respeite sua individualidade biológica, busque um bom profissional pra entender como você funciona e te direcionar o melhor treinamento possível”, define o campeão.

BIO
Nome: Peter Pichnoff
Idade: 35
Cidade onde nasceu: Rio de Janeiro
Cidade onde vive: Rio de Janeiro
Tempo de Triathlon: 9 anos
Altura: 1.77m
Peso: 73.5 Kg
Roupa de borracha: Roka
Óculos de natação: Hammer
Bike: Canyon
Capacete: Oakley
Sapatilha: Sidi
Tênis de corrida treino: Nike
Tênis de corrida competição: Nike
Óculos de sol: Oakley, Prada
Equipe/Treinador: GPcoaching e MorgadoTri
Patrocínio: Mate&Tal ( @mateetal ),  Fazenda Futuro ( @fazendafuturo ), Clínica Maria Amélia Bogea ( @mabogea )
Apoio: Zenfit ( @usezenfit ) , 3shop ( @3shop ) , Arnaldo Gonçalves Óticas ( @arnaldogoncalvesotica )

Redação

press@trisportmagazine.com