Quando falamos em proteínas, muitas opções de suplementos no mercado existem, mas o que de fato é real?
Quando falamos em proteínas, muitas opções de suplementos no mercado existem, várias informações e “dicas” de qual, quando e como tomar, mas o que de fato é real?
Primeiramente a razão primordial das proteínas é a função plástica, isto é, formar e regenerar células, isto para atleta é igual hipertrofia muscular e regeneração das microlesões do treinamento. Logo, conceito inicial que para as proteínas exercerem esse papel anabólico, o fundamental é boa ingestão de calorias por carboidratos, para que as proteínas ingeridas e mesmos as musculares, não sejam utilizadas como energia. Então função plástica das proteínas é igual a adequada ingestão de calorias.
Agora, qual a melhor? Apesar de vários opções, e mesmo muitas publicações referindo uma superior a outra, a necessidade do corpo humano ao ingerir proteínas se deve aos seus componentes, os aminoácidos (AA), logo ingerimos por conta deles, e como na natureza a concentração de aminoácidos é baixa, precisamos das proteínas (carne, leite, soja, ovo…).
Visto isso, a ingestão de aminoácidos essenciais em concentrações de acordo com o peso total dos atletas (prescritos sobre medidas a serem manipuladas) é a melhor opção, pois esses aminoácidos serão os substratos para sintetizarem e restaurarem as fibras musculares, principalmente após os treinos com pronta disponibilidade (isto é, no sangue para ser utilizados).
Outro fator fundamental é o sinalizador para Hipertrofia, o mTOR, efeito esse exercido por um único AA, a Leucina, além da Insulina e de substâncias como o ácido fosfatídico; logo, aumentar a concentração da Leucina, associar o ácido fosfatídico e carboidratos potencializará o efeito anabólico.
O melhor horário para ingestão é sempre nos períodos de maior anabolismo, isto é, pós-treino, principais refeições, pós-jejum e ao deitar, momentos com maior potencial de crescimento celular, seja pela ação de sinalizadores pós-treino, insulina e testosterona.
Fundamental saber que a ingestão total de proteínas é cerca de 1,2 a 1,8 gramas por quilo de peso do atleta e as porções não devem ser maiores que 30 gramas por refeições, pois a absorção e aproveitamento não ocorrerão, sendo eliminados nas fezes ou pelos rins (urina).
Dr. Fabrício Buzatto – CRM ES 9164 – é Médico Fisiatra. @fabriciobuzatto