Circuito mundial tem seu primeiro evento, em outubro, em Portugal e chega ao Brasil em 2023
No próximo dia 28 de outubro, na cidade de Portimão, na belíssima região do Algarve, em Portugal, será realizado o Triton World Series. O primeiro de uma série mundial que também vai desembarcar para uma etapa internacional no Brasil já em 2023.
Diferentemente do triathlon tradicional, o popular nadapedalacorre, o conceito do Triton World Series é o nada, pedala e corre. Três dias de competição – um para cada modalidade – que promete extrair de cada atleta o seu melhor em cada uma das modalidades do triathlon (sempre com a opção de três distâncias diferentes). Tem mais: cada uma das provas será também um evento completo, independente e com sua própria premiação, permitindo que um atleta se inscreva em uma, duas ou nas três modalidades ou mesmo em um revezamento.
À frente da marca no Brasil, na Colômbia e nos EUA está André Alves Gracindo, ex-atleta de alto rendimento e empreendedor do ramo esportivo. Atleta de triathlon desde a década de 1990, Gracindo acompanhou de perto o surgimento da marca Triton e a maturação do conceito até chegar a este formato.
“Posso garantir que é uma proposta e uma maneira inovadora de ver o triathlon. Ao mesmo tempo é uma volta às origens e à essência do triathlon. Certamente teremos bons capítulos pela frente, com uma marca e um circuito mundial que já nascem com o cunho internacional”.
Segundo Gracindo, o projeto de expansão de cinco anos prevê 12 provas espalhadas pelo mundo em lugares que são notadamente destinos turísticos internacionais. As provas serão classificatórias para uma grande final mundial em local que ainda será escolhido.
“O principal conceito da marca é a trilogia, o triathlon em três dias, que abre muitas oportunidades para quem quiser participar. Além de ser mais acessível para o atleta, há a oportunidade de envolver a família em uma viagem e também na competição, com cada um fazendo uma modalidade ou mesmo assistindo, podendo acompanhar a prova sem levar o dia inteiro para isso. Todo atleta sabe que a sensação de largada é algo indescritível. Imagina poder largar três dias consecutivos para fazer seu melhor triathlon?”.
A parte técnica, de acordo com Gracindo, promete ser uma atração à parte. Além de poder misturar as distâncias entre as modalidades – fazer uma natação curta e um ciclismo longo por exemplo – o atleta tem a seu favor a recuperação e a ausência das transições, que para alguns são um problema, visto que o relógio não para e nem sempre o triatleta amador tem como vocação ou logística se dedicar ao treinamento das transições.
Na visão de Gracindo, ao longo do tempo, a especialização do triathlon e a questão do vácuo no ciclismo (maior problema em relação a lisura das provas que não permitem vácuo) fizeram com que o vencedor de uma prova não fosse necessariamente o melhor triatleta.
“Nem sempre é possível dar o seu melhor nas três modalidades numa prova tradicional de triathlon. No Triton o atleta pode fazer sua melhor natação, seu melhor ciclismo e sua melhor corrida possíveis, 100% focado na modalidade em questão. Assim, em dias sequenciais, teremos o melhor triatleta de fato. É uma inovação, mas, com uma volta às origens. O objetivo é que seja acessível, mas sem perder o desafio das três batalhas, que compõem a história do surgimento da modalidade. Sempre apoiado na superação, marca registrada do triathlon”, explica Gracindo, lembrando que, planejando a recuperação, o atleta pode dar o seu 100%, sem se prender a detalhes das duas transições, que em muitos casos podem determinar o vencedor de uma prova.
André Alves Gracindo começou a praticar triathlon no final dos anos 90, já com 26 anos, com experiência em outras modalidades. Como atleta, profissional de educação física e organizador de eventos esportivos vivenciou a fixação, o desenvolvimento, o posicionamento e a explosão comercial do triathlon como esporte olímpico e estilo de vida. É com essa bagagem que aposta no sucesso do Triton.
“Minha crença é de que o Triton respeita as origens e o real espírito do triathlon e ao mesmo tempo aponta para a inovação e o futuro. Ele dá oportunidade a pessoas de diferentes perfis e abre espaço para diferentes combinações de prova. Isso sem deixar de extrair o melhor da performance de cada um. Seja um atleta de altíssimo nível que vai fazer sua melhor natação, seu melhor ciclismo e sua melhor corrida em dias separados, com uma estratégia específica da modalidade, quanto para as pessoas com o objetivo de completar da melhor forma possível um triathlon. Acho que isso é um mergulho à forma mais pura do triathlon”, completa Gracindo.