Dentre as alterações, a que atinge os “supertênis” de corrida é a que chama mais a atenção
Em uma reunião em Abu Dhabi em 22 de novembro, o Conselho Executivo da World Triathlon aprovou as atualizações das Regras de Competição que entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023.
Entre as regras que serão implementadas para a próxima temporada estão novos regulamentos sobre tênis de corrida, política de maternidade, mudanças nas penalidades, educação antidoping obrigatória e novas regras de comportamento na ciclismo e na corrida, entre muitas outras.
TÊNIS DE CORRIDA
A partir de 1º de janeiro, a World Triathlon seguirá as regras implementadas pela World Athletics, que incluem o uso de calçados customizados e designs de protótipos, e estabelecendo o controle do uso de tais calçados, como é o caso do Atletismo Mundial.
De maneira resumida, segundo as normas da World Athletics estabelecidas em 30 de abril de 2020, qualquer tênis deve estar disponível para compra por qualquer atleta no mercado de varejo aberto (online ou em loja) por um período de quatro meses, antes de poder ser usado em competição.
Se um tênis não estiver disponível para todos, ele será considerado um protótipo e seu uso em competição não será permitido. Sujeito ao cumprimento das regras, será permitido qualquer tênis que esteja disponível para todos, mas que seja personalizado por razões estéticas, ou por razões médicas para se adequar às características de um determinado pé de atleta.
As novas regras também colocam alguns limites na profundidade da entressola de um tênis e no número de placas de carbono que ele pode conter:
Além disso, com efeito imediato, haverá uma moratória indefinida em qualquer tênis que não atenda aos seguintes requisitos: A sola não deve ter mais de 40 mm de espessura.
O tênis não deve conter mais de uma placa ou lâmina embutida rígida (de qualquer material) que percorra todo o comprimento ou apenas parte do comprimento do tênis. A placa pode estar em mais de uma parte, mas essas partes devem estar localizadas sequencialmente em um plano (não empilhadas ou paralelas) e não devem se sobrepor.
POLÍTICA DE MATERNIDADE
A nova política de maternidade vai congelar a classificação das atletas em termos de inscrições em competições desde o anúncio da gravidez até a criança completar dois anos, para facilitar o retorno às competições. A regra também se aplica a atletas do sexo feminino que sofrem aborto espontâneo após a 20ª semana de gravidez.
ANTIDOPING
As novas regras obrigam todos os atletas a passarem por cursos educativos antidoping, consultar a regra de transgênero para elegibilidade e abrir a possibilidade de desqualificar (DSQ) um atleta se seu chip de cronometragem for perdido.
NATAÇÃO
Na etapa de natação, o novo Regulamento da Competição estabelece regras claras para o uso de swimskins, permite o uso de aparelhos eletrônicos em determinadas condições e proíbe o uso de “extra-buoyant clothing”.
PROTESTOS
As novas Regras da Competição incluem um novo capítulo sobre protestos e apelações, e o caso de penalidades do atleta a serem cumpridas. Se um atleta discordar da penalidade recebida e não parar na área de penalidade, ele será desclassificado, mas poderá protestar contra a penalidade original. O Júri da Competição irá então estudar o caso com dois resultados possíveis: retirar a penalização (e incluir o atleta nos resultados com o tempo registrado) ou confirmar o DSQ. Se o atleta parar na área de penalidade, a penalidade é considerada aceita, não sendo permitido nenhum protesto posteriormente.
A atualização das regras também inclui uma série de pequenas alterações que afetam o esporte, como a determinação de áreas onde a natação estilo golfinho é liberada, permissão para a fixação de barras energéticas na bicicleta e algumas regras uniformes menores foram atualizadas, entre muitas outras.
Leia todas as novas Regras da Competição AQUI.